Compositor, intérprete e guitarrista, este músico, bancário de profissão, residente em Achada Fátima teve os seus primeiros contactos com a música na igreja nazarena, nos louvores. Com participação no concurso todo mundo canto, organizado pela câmara municipal, sentiu deveras que tinha um dom para a música. Compõe as suas músicas em crioulo, porém planeja também o fazer em inglês para alcançar o mercado externo. O violão é o seu companheiro fiel, mas também usa teclado e percussão. Suas músicas têm uma vertente pedagógica. Considera a música como forte veículo de comunicação na conjuntura mundial atual daí a preocupação em ensinar boas práticas, valores morais e espirituais, sem descurar as outras componentes.... Costuma atuar sozinho e recruta outros músicos quando necessário. Nilson considera o funaná um género forte em Cabo Verde. Expresson di nôs sabura. Nu ta xinti dentu nôs. Para Nilson o funaná evoluiu e hoje temos o kotxipó que tem pontos positivos porque acaba por ser uma evolução do funaná, mas tem o seu lado negativo pois traz à tona alguma libertinagem por causa do ritmo, do contexto e do palavreado. Traz, assim, alguns fatores que considera se não forem filtrados constituirão ameaça ao funaná, pois está misturado com Deka e corrida. Começa rabidadu enquanto o funaná tem os seus preliminares, solo, marcação certa até rabidar enquanto kotxipó começa rabidadu e termina rabidadu, envolve palavras obscenas e quase instiga a entrar no enredo da promiscuidade, até no seu tipo de baile. No entanto não deixa de ser evolução do funaná. Acredita que instâncias culturais devem criar mecanismos para peneirar a música nacional, pois estamos a entrar por um caminho que deixa de lado a musicalidade, o espírito de música, a harmonia.